Olho para o futuro...

E o que vejo?


Não sei se é sonho ou  se desejo, não sei se imagino e quero por inteiro.
Mas, onde anda a "senhora" dignidade? E o que foi feito da "dona" generosidade?
Onde estão os bons homens, que acreditam que é possível construir um mundo melhor para nossos filhos?
Por onde andam a honestidade, a sinceridade, a ética e os bons costumes? Alguém sabe? Alguém viu????
Sempre digo que Pereiro é um lugar querido e abençoado por Deus. Aqui encontrei pessoas que trazem consigo ideais de liberdade e prosperidade. Ideais de solidariedade e espírito público. Pessoas éticas, profissionais comprometidos com sua missão de servir ao bem comum. 
Sinal que podemos contar com muitas pessoas que amam este rincão e que desejam o melhor para o seu futuro.
Essas pessoas precisam se encontrar, para dar as mãos, para unir forças, para resgatar a dignidade e a esperança no coração de nossa gente.
Entretanto, não acredito que sejam os nossos caminhos, tenho a plena convicção que a providência divina agirá no momento oportuno. Não é no nosso tempo, mas no tempo de Deus. Prefiro cultivar a minha fé. Afinal qual seria o outro combustível a mover a alma humana? 
Espero por dias melhores onde as pessoas que tiveram o privilégio de construir a sua casinha, possam também ter o seu documento de posse. Seria tão pouco, apenas um pedaço de papel que diria o que você já sabe, ou seja, que você conquistou um grande sonho em sua vida, o sonho da casa própria. Ao mesmo tempo tão distante... tão distante... É um inventário, é a falta de dinheiro, é a burocracia para regularizar o pedacinho de chão, é tanta da dificuldade que colocam para essa criatura que apenas deseja ter a posse do seu lar!
Seria mais fácil se o poder público fizesse o seu papel social e intermediasse essas regularizações. Para o cidadão comum isso tudo pode ser motivo de dificuldade, mas para o poder público, que representa os seus munícipes, não seria nenhum motivo de embaraço.
Quem sabe não seja um bom começo... primeiro o papel da casa e depois terreno (regularizado) para quem não tem casa. O ser humano precisa de casa para morar e precisa morar bem. Não é de qualquer jeito ou em qualquer lugar. Volto a insistir que o poder público está investido da autoridade de demover, mediante indenização, a propriedade improdutiva e distribuí-la ao povo. É preciso ressaltar que isso não pode ser feito sem as devidas avaliações e sem os critérios necessários para uma participação justa e equânime, longe do fisiologismo ou do permissivo clientelismo político.
As obras da cidade avançaram muito, mas já é tempo de avançar mais, agora é hora de levar o benefício dessas obras para a vida das pessoas. Não adianta ter uma estrada boa, que leva a muitos lugares, mas que não levam o cidadão para o aconchego do seu lar.
É por isso que sempre que olho para o futuro, lembro dos homens que carregam em si o ideal de liberdade e solidariedade e, procuro dar a minha contribuição para um futuro melhor.