Pereiro, querida terra...


4 comentários:

Literatura disse...

O sino da minha cidade
(Pereiro)

O sino da capela
da minha cidade
bate de felicidade.
Às vezes, repica,
repico triste inconfundível,
seguidamente, repica.
Depois de muito descobri
que o tempo na pequena
cidade não passou
e o velho sino da capela
ainda repica.
Longe de ti
meu coração repica de saudade
(publicado no jornal O POVO
em 11 de dezembro de 1994)

Literatura disse...

A Minha avó
Abri a velha porta de madeira
vi o passado, a minha própria vida,
bem próximo a janela a cadeira,
a minha avô, velhinha querida,
de olhar triste e cansado, sentada,
o terço na mão e a boca entreaberta
num esforço mental, maltratada,
pelos anos, a senitude alerta.
sua imagem viva, para mim fora
de uma mulher sempre muito velha,
parecia que o tempo sem demora,
parou debaixo daquela telhas.
tudo era infinitamente lento,
flores belas por toda estação,
sussurrar permanente do vento,
o lamento quieto da canção.
contemplo um tempo muito antigo
e a sombra da árvore isenta,
num tempo não prisioneiro comigo,
o espaço e apego que em mim exista.
Dedico a minha avó,Maria Raimunda Carvalho (in memoriam)

Posta

Literatura disse...

Pereiro é bela pela natureza da serra.No majestoso monte a proteção dos céus, Cristo Redentor, de braços abertos a olhar para todos numa vigília permanente

quantos anos se passaram
tantas vidas ceivadas
muitas lágrimas derramadas
mães desconsoladas choraram.

Pereiro de Humberto Queiroz,profissão farmacêutico acadêmica,que era médico, parteiro e dentista.Tempo difícil.Não havia escolas públicas, saúde e o meio de comunicação era o rádio.Lembro-me do Rádia Sociedade da Baia, o programa a hora da saudade, às seis horas da tarde.
Os correios e telégrafos funcionando onde hoje é casa dos Dantas,(Seu Hermes)que tinha a chefia selosa de Dona franquinha Aires.

Quera Deus que eu não morra
antes que se destrua tanta beleza
nos monumentos tua riqueza
passado, tradição e gloria.

quando nós,os mais idosos, não mais habitar nesta orbe,e alguém falar de mãe Zeuda,pois, foi as mãos santas, desta mulher que o primeiros carinho nos foi doado.

Te confesso com emoção
não há nada mais sublime
e nem de grandiosidade lume
uma mulher ser chamada de mãe.
(02/05/2009 - Rilmar)

Unknown disse...

Belas poesias professor e primo Rilmar... Parabéns.. Abraços...