Hasteamento da Bandeira (Vídeo)

Chega ao fim as festividades comemorativas dos padroeiros Santos Cosme e Damião. Uma verdadeira maratona de religiosidade e entretenimentos.
Para os filhos de Pereiro, para os devotos dos padroeiros, para os amigos da terra que não puderam estar presentes, fica mais um gostinho do hasteamento da bandeira. Espero que gostem!



FONTE: Imagens gentilmente cedidas por DANIEL R. ALMEIDA.

Pereiro celebra festa há 210 anos

Pereiro é notícia...

Pereiro. A Igreja mais antiga no Brasil foi erguida em 1530, em homenagem aos santos Cosme e Damião, no município de Iguaraçu, em Pernambuco. Lá, os festejos seculares tiveram início desde a semana passada, assim como na Igreja de São Cosme e São Damião, em Pereiro, na região jaguaribana do Ceará, o município do Estado que tem os santos gêmeos como padroeiros.
Conforme o pároco local, o italiano Domenico Zocchi, a festa acontece em Pereiro há 210 anos, desde que a Igreja Matriz foi construída, em 1798, pelo povoado formado por fugitivos da seca de 1777. Há 28 anos celebrando missa na cidade, Padre Domenico comemora o sucesso da festa de Cosme e Damião. “Vem muita gente de Mossoró, São Miguel e Pau-dos-Ferros, cidades do Rio Grande do Norte bem próximas, e também de outros estados como São Paulo”, diz.
FONTE: Jornal Diário do Nordeste, Regional, 26/09/2008.

HÁ 40 ANOS A FESTA ERA ASSIM

Para Relembrar...

O início da festa acontecia às 8 horas da noite em frente ao coreto, dez dias antes do dia 27 de setembro, com o hasteamento da bandeira, onde havia uma cerimônia religiosa celebrada pelo pároco com participação do povo da cidade e dos sítios circunvizinhos. Após a cerimônia havia uma comemoração festiva onde todos participantes se divertiam alegremente, e assim estava oficialmente decretado o novenário de S.S.Cosme e Damião.
No dia seguinte era celebrada a primeira novena, a igreja ficava completamente lotada pelos devotos cantando hinos em homenagem aos Santos Padroeiros. Cada dia aumentava mais a devoção pelos Santos milagreiros, via-se gente chegando pelos quatro cantos da cidade, uns vinham a pés, outros montados em animais e até mesmo de carros e bicicletas.
As novenas eram muito festejadas com fogos de artícios, patrocinadas por comerciantes e devotos. A última noite era muito especial, "seu" Zé Preto vinha da Serra dos Basteões com sua roda de fogo e dava um show de pirotecnia acompanhado do foguetório que saia do beco de Zé de Rosa comandado por Vicente Moco. Após o encerramento, uma parte do povo se deslocava para praça da matriz para conversar com amigos e outros aproveitavam para namorar em lugares escuros, ouvindo músicas e recados oferidos por namorados, através da radiadora de Chico Nunes, instalada no beco de Gerson.
A outra parte do povo descia para a rua de baixo, onde ficava o mercado municipal que tinha o formato de um retângulo composto de vários pontos comerciais, denominados de quartos ou cafés, onde todos se deliciavam com vários tipos de guloseimas. Na parte central tinha o comércio de Domingos Vaz que vendia estivas e outras variedades, no portão principal do lado esquerdo de quem entrava, alí estava o mais famoso dos cafés era o de Maria de Sinobe, recheado de um tudo, tinha bolo, doce, suco e sopa; também tinha o café de Damião Pepé, o de Horácio, o de Maria da Bomba, o de Cosme de Leontino e o de Maria de Rdo. Alves, muito famoso pela qualidade dos suspiros e dos beijos de noiva, tinha também o quarto de Gonga, o de Adalgísio, o de Dos Anjos, o de Acrísio e outros.
As ruas que cercavam o mercado eram composta pelas lojasde tecidos de Moacir Gabriel, de "seu" Dedé e de Bandeira, tinha também as barbearias de Cícero Preto, de Aderson Martins de Cícero Firmino e os bares de Chico Nunes, de Zé Holanda, de Raimundo Cavalcante, de Chico Brisa, de Mané da bodega, e o de Zé de Carminda (famoso por sua Sinuca e pelo Bilhar), tinha ainda o café de Neco, o comércio de "seu" João Gabriel e o açougue vizinho a Maria de Alvino.
Durante as noites de novenas todos se divertiam, uns jogavam na roleta de Mané da Bodega,no Caipira de Licurgo, no Jaburu de Rdo.Alves, rodavam no carrocel de João Novilho e outros ficavam paquerando as meninas, até conquistá-las pra namorar, muitos deles se casaram com suas namoradas, por exemplo: Osmar e Marizete, Acácio e Celeste, Arivaldo e Eneida, Eimar e Marli, Zé Clóvis e Fátima, Toinha e Narcélio, Zé Falcão e Célia, Sinval e Ducelina. Outros só não se casaram porque saíram de Pereiro para estudar ou trabalhar em outros estados.
FONTE: Brilhante comentário de ANTÔNIO ROMILTON CAVALCANTE, inserido na postagem "São Cosme e São Damião".

Festividades

O Blog de Pereiro publica mais algumas fotos das festividades dos Santos Cosme e Damião. Temos recebido alguns recados dos pereirenses que estão distantes e que gostariam de ver mais imagens da festa. Como este espaço se propõe a ser um espaço de construção coletiva, gostaríamos de aproveitar o ensejo para pedir aos leitores do blog, que estão participando e registrando seus momentos, que nos enviem fotos para que sejam publicadas.
Você pode mandar um email com a fotos anexas para pereiromania@oi.com.br.
Os filhos e admiradores de Pereiro agradecem, e nós também.


Teste sua idade cerebral

Se tem validade científica, não sei, mas é interessante ....

Teste a agilidade de sua Observação e veja ao final do teste sua idade cerebral .....

Qual é a idade de seu cérebro? (English Version available below)

Isto é interessante!!! Veja se seu cérebro tem a mesma idade do seu corpo ou se é MAIS VELHO !!!
Como utilizar o Jogo do Cérebro:
1. Clique na palavra "INICIAR" abaixo e depois em 'START'.
2. Espere pela contagem 3, 2, 1.
3. Memorize a posição dos números na tela, e então clique nos círculos do menor ao maior número.
4. No fim do jogo. O computador lhe dirá qual a idade de seu cérebro
.


INICIAR TESTE

Eleições no Galinheiro (Fábula)

Cultivando o bom hábito da leitura de jornais me deparei com está pérola, do brilhante cartunista Mino, que gostaria de compartilhar com você.



ELEIÇÕES NO GALINHEIRO
UMA FÁBULA POLÍTICA DO MINO

Um galo candidatou-se a prefeito do galinheiro. Uma raposa, que todos sabem ser um bicho que adora comer galinhas, ninguém sabe como, também candidatou-se.
O galo prometeu trabalhar por um galinheiro melhor e mais amplo, onde as galinhas pudesse ciscar mais à vontade com seus pintinhos. E lutar por mais vacinas para combater as doenças comuns aos galináceos.
Já a raposa, muito esperta, prometeu um galinheiro livre e aberto onde todos pudessem sair e entrar à vontade. Como Prefeito, não permitiria mais que seus ovos lhe fossem tirados, que elas galinhas não iriam mais para as panelas virar canja e que seus frangos não seriam mais assados nem comidos pelos bárbaros seres humanos.
O galo tinha os pés no chão mas a raposa foi quem venceu a eleição, prometendo mundos e fundos só para ganhar as incautas galinhas.
Após a vitória, a raposa deu no pé.
Só aparecia vez por outra, assim mesmo para devorar algumas de suas ingênuas eleitoras, galinhas tolas, que continuavam a ser comidas à cabidela, cozidas ou em forma de canja.
E a verem os pobres frangos continuarem a serem assados e comidos nos holocaustos das churrascarias da cidade.

Moral da fábula:

NÃO SEJA UM ELEITOR GALINHA,

Vote em quem tem os pés no chão.
"Um mau político anda por trás de tudo que nos devora." Mino

FONTE: JORNAL DIÁRIO DO NORDESTE, CADERNO 3, 20/09/2008.

Hasteamento da Bandeira

O hastemanento da bandeira deu início à série de celebrações religiosas que marcam as festividades que homenageiam os padroeiros São Cosme e São Damião.



* Clique aqui para ver mais fotos.

Oração de São Cosme e São Damião


Conheça a oração dos santos padroeiros de Pereiro.

Padroados: Farmacêuticos; Faculdades de Medicina; Barbeiros e Cabeleireiros.

Protege: Orfanatos; Creches; Doceiras; Filhos em casa; Contra hérnia e Contra a peste.


Emblema: caixa com ungüentos, frasco de remédios, folha de palmeira.

São Cosme e São Damião

Os Santos taumaturgos e anárgiros Cosme e Damião da Mesopotâmia nasceram na Ásia Menor. Seu pai, que era pagão, morreu enquanto eles ainda eram crianças, e sua mãe, Teodota, os criou na fé cristã.

Seguindo o exemplo de vida de sua mãe e em imitação a Nosso Senhor, os gêmeos tornaram-se homens justos e virtuosos.

«Os Santos Cosme e Damião, médicos, com seus instrumentos de trabalho»

Ao alcançarem a idade a adulta, aprenderam medicina e as artes da cura, e por sua virtude receberam do Espírito Santo o dom de cura as enfermidades do corpo e da alma através de sua oração.

Por amor a Deus e ao próximo, eles jamais cobraram por seus serviços, seguindo estritamente o mandamento de Nosso Senhor Jesus Cristo: "Recebestes de graça, de graça dai!" (Mt. 10:8). Eles tratavam até mesmo os animais.

A fama dos Santos Cosme e Damião se espalhou por toda a região da Mesopotâmia, e o povo apelidou os irmãos de médicos anárgiros, ou seja, "aqueles que não recebem prata (dinheiro)".(leia mais...)

Cultura do Estrondo

Pereiro é notícia...

É muito importante se ter a exata dimensão dos ´estrondos´ ocorridos no Estado do Ceará com relação aos estrondos que ocorrem na China, por exemplo. Por que ´estrondo´? Essa é uma palavra usada pelas pessoas que têm convivido com os tremores de terra atualmente no Maciço da Meruoca. Esse termo é usado, aliás, pelos cearenses atingidos pelos abalos sísmicos. Segundo o dicionário Michaelis, o significado da palavra estrondo é: 1) som forte, estampido, 2) grande ruído, 3) bulício, tumulto e clamor. A sinonímia aqui apresentada reflete a descrição dos fatos recentes vividos na recorrência dos eventos sísmicos registrados em grande número nos municípios do Estado do Ceará. Em termos comparativos, podemos afirmar que a população atingida atualmente por essa gama de estrondos apenas reafirma aquilo que se vem transmitindo no tocante ao convívio com a realidade, pois essa repetição continuada é um fato cientificamente provado.
As pessoas, ao ouvirem os tremores de terra, imediatamente dizem: ´Esse estrondo vem da Gruta de Ubajara´, quando na realidade são tremores provenientes de algum lugar das terras vizinhas. A cultura ´dos estrondos´ em nosso território dista apenas dois séculos, quando historicamente, o município de Pereiro, em 1807, registrou os primeiros tremores de terra.
Na China, a cultura dos estrondos é milenar, lá os terremotos acontecem causando grandes destruições e provocando muitas vítimas fatais em função da sua localização, pois lá é região de borda de placa.
Essas manifestações são provenientes do choque das placas tectônicas euro-asiáticas com várias outras placas, entre elas a maior que é a placa do Pacífico.
A esse fenômeno dá-se o nome de ´Inter placa´. Os estrondos aqui acontecidos são do tipo ´Intra placa´, pois estamos no centro da placa tectônica Sul Americana, e como tal a intensidade dos estrondos aqui é bem menor.
Agora, não nos esqueçamos que, apesar de tudo, nós não estamos livres nem de senti-los e nem de ouvir falar deles.
FRANCISCO BRANDÃO - Especialista em Sismologia

FONTE: JORNAL DIÁRIO DO NORDESTE, Caderno Opinião (16/09/2008).

A Praça da Matriz (Nova)

Veja algumas fotos da praça da Matriz (clique aqui).

Nos próximos dias estaremos publicando mais fotos desta e das outras praças.

O Valor da Oração (Meditação)

Para Refletir...
De manhã bem cedo, quando ainda estava escuro, Jesus Se levantou, saiu da cidade, foi para um lugar deserto e ficou ali orando. Marcos 1:35
O Dr. Alexis Carrel, Prêmio Nobel de Fisiologia, disse certa vez: “A oração é uma força tão real como a gravidade terrestre. Um constante e discreto milagre se opera, todas as horas, no coração dos homens e mulheres".
Jesus conhecia a importância da oração. O verso de hoje é um dos que falam acerca do Seu hábito de orar. Ele mesmo falou muitas vezes sobre o valor da oração: “Vigiem e orem”; “Orem, para que não entrem em tentação”; “Orem pelos que lhes maltratam”.
João e Glória participavam todos os dias do culto doméstico com seus pais. O cachorro deles se chamava Malhado e foi ensinado a colocar as patas dianteiras sobre a cadeira quando todos se ajoelhavam para orar.
Um dia, João e Glória receberam a triste notícia de que teriam que mudar-se para outro lugar. E o pior: era um apartamento e não havia espaço para Malhado. Teriam de doar o cachorro para outra pessoa. Em lágrimas, concordaram que Malhado ficaria com um amigo da família, o senhor Saraiva.
Algum tempo depois, a esposa do senhor Saraiva encontrou-se com a mãe das crianças e disse:
– O Malhado está muito bem. Só que todo dia de manhã e à tarde ele põe as patas dianteiras na cadeira e emite um som estranho. Poderia me dizer por quê?
– João e Glória haviam ensinado o Malhado a fazer isso toda vez que nos reuníamos para realizar o culto familiar. Era a forma de Malhado orar.
No fim do dia, quando o senhor Saraiva chegou do trabalho, a esposa lhe contou por que Malhado “se ajoelhava” diante da cadeira. E acrescentou:
– Se o cachorro ora a Deus, é tempo de nós começarmos a orar também.
Até um animalzinho de estimação pôde testemunhar sobre a oração. Que tal convidar sua família para orar agora? E não se preocupe. Pode trazer o cachorro também!

Especial Eleições 2008 - Vereadores

Utilidade Pública - Entrevista com os Candidatos a Vereador

O Blog de Pereiro, atendendo solicitações de leitores e candidatos, abre mais um espaço para exposição de idéias. O Objetivo desta seção é oferecer aos candidatos a vereador, de nosso município, a oportunidade de delinear as linhas gerais que compõem a sua plataforma de trabalho para o próximo mandato e mostrar aos eleitores o quanto é importante ter um representante atuante na Câmara.
Para que o leitor tenha uma visão mais definida das propostas e, principalmente, para que sejam oferecidas iguais condições de "fala" a todos os candidatos, ficam estabelecidas as seguintes condições:
1. Todos os candidatos a vereador, do município de Pereiro, poderão participar;
2. As respostas poderão ser enviadas para o email pereiromania@oi.com.br ;
3. Por questões de logística, as perguntas não serão enviadas aos diretórios dos partidos, os candidatos terão igual acesso, através do Blog de Pereiro;
4. A publicação das respostas será feita à medida em que forem enviadas, independente dos que queiram ou não participar;
5. Para preservar a igualdade de condições, os candidatos poderão responder às seguintes questões:
a) Por que o(a) sr(a) é candidato(a) a vereador(a)?
b) Se eleito(a), que trabalhos e projetos pretende desenvolver no mandato?
c) Sabendo do grande descrédito que rodeia a classe política autalmente, que características têm diferenciado a vossa conduta na vida pública?
d) Qual a sua opinião sobre a nossa terra e o nosso povo?
Agora, o espaço está aberto. Vamos aguardar o envio das respostas, para que possamos conhecer melhor aqueles que querem ser os nossos representantes no legislativo municipal.

Cuidado com as palavras (Meditação)

Para Refletir...

Ricardo, Marcelo, Joaquim, Otávio e Raimundo eram todos da mesma escola e tinham um clube chamado Escoteiros Jovens. Certo dia, chegou à cidade um garoto chamado Leo. Ele e sua família haviam se mudado para as proximidades. Alguns dias depois, Ricardo, presidente do clube, disse:

– Que tal convidarmos o novo garoto para juntar-se a nós?

– Não acho boa a idéia – afirmou Joaquim. – Ele não pode fazer parte do nosso clube.

– Por que não? – perguntou Otávio.

– Ele é ladrão! – respondeu Joaquim.

– O que foi que ele roubou? – exigiu Raimundo.

– Ele roubou um litro de leite ontem na nossa varanda! Eu o vi e fui duro com ele.

– Você está dizendo que um garoto daquele tamanho roubou um litro de leite?

– E não parou por aí. Logo depois, eu vi pela janela que ele passou para o outro lado da rua e roubou o leite de nosso vizinho, o Sr. Pedro. Ele é realmente um ladrão!

– Esperem um pouco – disse Ricardo. – Acho que não devemos julgá-lo antes de descobrir por que ele fez isso. Esperem todos aqui. Vou conversar com ele e logo volto.

Meia hora depois, Ricardo estava de volta, e todos se reuniram para ouvir o que ele ia dizer.

– Rapazes, descobri o que aconteceu. O nome do garoto é Leo e a mãe dele está doente. Eles ficaram sem dinheiro depois da mudança, mas ela vai arrumar um emprego assim que estiver melhor. Leo tem procurado trabalho na cidade. Eles estão alugando a casa do Sr. Pedro que, antes de viajar esta manhã, pediu ao Leo que pegasse o leite na varanda e o usasse. Acontece que a casa do Sr. Pedro e a do Joaquim têm a mesma cor.

– Puxa, me perdoem pela conclusão equivocada. – disse Joaquim. – Quero ser o primeiro a convidá-lo a fazer parte de nosso clube.

Esta história nos ensina que não devemos ser apressados em julgar as pessoas apenas pelo que vemos. Nossas palavras podem acabar com a reputação de alguém. O melhor mesmo é não falar aquilo que não sabemos, e sempre procurar saber a verdade.

Engenhos e Casas de Farinha

O Município de Pereiro, antes do século XX, já contava com dezenas de engenhos para o fabrico do mel e da rapadura, como também para a transformação da man­dioca brava em farinha para o consumo próprio e a venda. As terras eram próprias e férteis, tanto nas fazendas quanto nos sítios e baixadas. As moendas de ferro eram instaladas com muita habilidade e as casas de farinha, de maneira rús­tica, com a adoção de condignas instalações. Existiam na­queles tempos mestres hábeis para instalar engenhos e ca­sas de farinha. Aqueles eram puxados por juntas de bois ao aboio do tangerino que bradava seus nomes; esses, por equinos ou burros amestrados lá fora, no campo. A matéria-prima era cortada e transportada em lombo de animais ou lombos humanos. O fabrico do mel, da rapadura, da farinha de mandioca era motivo de animação entre homens, mulheres e jovens. A farinhada, especialmente, os grupos que raspavam e cortavam a mandioca, o faziam ao som dolente de cânticos folclóricos e regionais, o que muito animava os subúrbios e a zona rural. Essas pequenas in­dústrias tinham seu valor económico e nos anos bonanço­sos, eram transportadas em lombo de burros para vilas e cidades vizinhas. Segundo registros pesquisados junto aos antigos, a rapadura em Pereiro pesava um quilo e cem gra­mas e tinha a denominação de "rapadura da banca", dife­rente das congéneres fabricadas no Cariri. Eram também encontradiças nas feiras públicas de Pereiro, nas vilas ou mesmo no vizinho Estado do Rio Grande do Norte.

O Valor que Temos (Meditação)

Para Refletir...


Aconteceu por volta de 1890, na Inglaterra. Um capitão rico trabalhava cuidando de sua frota de navios. Sua vida consistia em manter-se informado através dos jornais. Precisava saber da meteorologia e das guerras, pois seus navios ficavam expostos a essas atividades. Para ele, seus navios eram mais preciosos que tudo o mais.
Quando atingiu a idade de sessenta anos, ele resolveu vender os navios por cerca de seis milhões de dólares. Milionário e aposentado, pensava em gozar a vida sem a luta de cada dia. Seria feliz e abastado. Contudo, a felicidade não veio. Os dias lhe pareciam escuros e sem graça. Não mais queria ler as notícias dos jornais e nada lhe trazia prazer. Então, tomou uma decisão: iria afogar-se.
Numa manhã fria e cinzenta, ele caminhou até uma das pontes sobre o rio Tâmisa, planejando saltar dali. Quando estava subindo na grade para pular, avistou um homem pobre, com roupas surradas, agachado ali perto.
– O que você faz aqui? – perguntou ele ao aproximar-se.
– Ó, senhor, não se importe comigo. Vim aqui para me afogar, pois não tenho dinheiro e minha família será despejada hoje.O capitão sentiu-se impelido a ajudar. Tirou a carteira do bolso, mostrou-a ao homem e lhe disse:
– Vou ajudá-lo.
– Ó, senhor, obrigado! Deus o abençoe.
Acompanhando o pobre homem até seu lar, ele pagou o aluguel atrasado e comprou alimento para a família faminta. Até mesmo brincou um pouco com as crianças.
Ao voltar para casa naquela noite, o capitão sentia uma felicidade que havia tempo tinha ido embora. Havia descoberto que, assim como o homem na ponte e sua família lhe pareceram de muito valor, ele também era muito precioso para Deus.
Sim, temos um valor imenso para Deus. Amá-Lo em retribuição, bem como às pessoas ao nosso redor, não me parece que seja pedir demais. Na verdade, nossa felicidade e utilidade neste mundo dependem muito desta realidade.

Pereiro, Cidade Sorriso

Autor: Antônio Rilmar Cavalcante

Pereiro era formado por três ou quatro ruas pequenas e tortuosas.
O cemitério da cidade estava localizado no final da rua de Cima, um pouco antes o matadouro público que ficava de frente para o nascente. Os urubus sobre os telhados vigiavam de olhos abertos os restos ali deixados. Era uma guerra aos sábados à tarde. A ruazinha se prolongava passando pela bodega da viúva (Maria do Carmo, mãe de Damiana Almeida), mais a frente a casa do oficial de justiça (Raimundo Alves, pai de Antônio Alves) e após três casas a do ourives, seu Zé Carlos. A Igreja Matriz, estrategicamente, dividia as duas ruas principais, a de Cima e a de Baixo. Era o marco divisório da sociedade pereirense (as pessoas ricas na parte de baixo e as outras na parte de cima). Nas proximidades da Igreja, do lado direito, morava Damião-Pé-Pé, encarregado de fazer as hóstias da Igreja. A praça da matriz ficava à esquerda, onde havia o coreto e do lado oposto a cadeia, nos altos, a antiga intendência (no local onde está a prefeitura), construída na ditadura Vargas.
Havia um beco ("de" Gerson, pai de Gessi) que ligava a praça à rua de trás, nela morava o barbeiro (Cícero Firmino) e o sargento Moreira. Ali quase em frente a casa de minha avó, ficava o motor que gerava a energia para cidade. Era uma máquina enorme e barulhenta, ficava meses e meses quebrado, graças a Deus!... bonito mesmo era o luar de setembro, as estrelas olhando para aquele mundo esquecido, era o mês festivo dos Padroeiros da cidade, Santos Comes e Damião.
Partindo da Intendência, no sentido nascente, existia uma pequena planície (Coculo, onde hoje é a praça da "Teleceará"), um pouco de casas de um lado e outro, e no centro, um campo de futebol, onde os meninos jogavam bola à tarde.
O comércio estava situado no final da rua de baixo com a rua de trás, num quadrilátero de calçadas altas e estreitas. Na segunda-feira, uma multidão de gente vindo de todos os cantos invadiam a cidade, eram feirantes que compravam e vendiam de um tudo. Os jogos de azar como roleta, cartas e caipira completavam aquele ambiente estático.
Assim era Pereiro do meu tempo, onde as borboletas se encontravam voando pelas ruas e os pés de figos acometidos da praga do Lacerdinha.
*TEXTO GENTILMENTE CEDIDO PELO SR. VALFRIDO
** GRIFOS ACRESCENTADOS, POR COLABORAÇÃO DE TIM CAVALCANTE.

Hino de Pereiro (Letra)

Letra: Raimunda Nilda Campos Terceiro
Música: Odílio Silva

Nossa cidade serrana
Entre colinas erguida
Sob este céu brasileiro (bis)
És por nós preferida

(CORO)
Pereiro querida terra
Por ti queremos lutar
Te levaremos unidos (bis)
Sempre, sempre a prosperar

É cearense o teu solo
És um rincão brasileiro
Nos corações dos teus filhos (bis)
Está teu sólio Pereiro

Cheios de fé e esperança
Queremos ver-te gloriosa
Tens maravilhoso clima (bis)
És gentil dadivosa

Tens no valor dos teus jovens
A segurança do teu porvir
Avante pois mocidade (bis)
Estudar e agir

Os ideais do teu povo
São de cristãos verdadeiros
Cosme e Damião são teus santos (bis)
Generosos padroeiros

Pereiro é sucesso...

Quadrilha Filhos da Serra

Atendendo a pedidos, o Blog de Pereiro publica uma compilação da apresentação da Quadrilha Filhos da Serra. Se você gostou, deixe o seu comentário.