É muito importante se ter a exata dimensão dos ´estrondos´ ocorridos no Estado do Ceará com relação aos estrondos que ocorrem na China, por exemplo. Por que ´estrondo´? Essa é uma palavra usada pelas pessoas que têm convivido com os tremores de terra atualmente no Maciço da Meruoca. Esse termo é usado, aliás, pelos cearenses atingidos pelos abalos sísmicos. Segundo o dicionário Michaelis, o significado da palavra estrondo é: 1) som forte, estampido, 2) grande ruído, 3) bulício, tumulto e clamor. A sinonímia aqui apresentada reflete a descrição dos fatos recentes vividos na recorrência dos eventos sísmicos registrados em grande número nos municípios do Estado do Ceará. Em termos comparativos, podemos afirmar que a população atingida atualmente por essa gama de estrondos apenas reafirma aquilo que se vem transmitindo no tocante ao convívio com a realidade, pois essa repetição continuada é um fato cientificamente provado.
As pessoas, ao ouvirem os tremores de terra, imediatamente dizem: ´Esse estrondo vem da Gruta de Ubajara´, quando na realidade são tremores provenientes de algum lugar das terras vizinhas. A cultura ´dos estrondos´ em nosso território dista apenas dois séculos, quando historicamente, o município de Pereiro, em 1807, registrou os primeiros tremores de terra.
Na China, a cultura dos estrondos é milenar, lá os terremotos acontecem causando grandes destruições e provocando muitas vítimas fatais em função da sua localização, pois lá é região de borda de placa.
Essas manifestações são provenientes do choque das placas tectônicas euro-asiáticas com várias outras placas, entre elas a maior que é a placa do Pacífico.
A esse fenômeno dá-se o nome de ´Inter placa´. Os estrondos aqui acontecidos são do tipo ´Intra placa´, pois estamos no centro da placa tectônica Sul Americana, e como tal a intensidade dos estrondos aqui é bem menor.
Agora, não nos esqueçamos que, apesar de tudo, nós não estamos livres nem de senti-los e nem de ouvir falar deles.
FRANCISCO BRANDÃO - Especialista em Sismologia
FONTE: JORNAL DIÁRIO DO NORDESTE, Caderno Opinião (16/09/2008).
As pessoas, ao ouvirem os tremores de terra, imediatamente dizem: ´Esse estrondo vem da Gruta de Ubajara´, quando na realidade são tremores provenientes de algum lugar das terras vizinhas. A cultura ´dos estrondos´ em nosso território dista apenas dois séculos, quando historicamente, o município de Pereiro, em 1807, registrou os primeiros tremores de terra.
Na China, a cultura dos estrondos é milenar, lá os terremotos acontecem causando grandes destruições e provocando muitas vítimas fatais em função da sua localização, pois lá é região de borda de placa.
Essas manifestações são provenientes do choque das placas tectônicas euro-asiáticas com várias outras placas, entre elas a maior que é a placa do Pacífico.
A esse fenômeno dá-se o nome de ´Inter placa´. Os estrondos aqui acontecidos são do tipo ´Intra placa´, pois estamos no centro da placa tectônica Sul Americana, e como tal a intensidade dos estrondos aqui é bem menor.
Agora, não nos esqueçamos que, apesar de tudo, nós não estamos livres nem de senti-los e nem de ouvir falar deles.
FRANCISCO BRANDÃO - Especialista em Sismologia
FONTE: JORNAL DIÁRIO DO NORDESTE, Caderno Opinião (16/09/2008).
Um comentário:
Não recordo o ano mas acredito que
foi em 1965 ou 1966,Pereiro voltou
a tremer por fortes abalos sísmicos
deixando a população em pânico por
meses,o maior deles aconteceu numa
segunda feira às 9.30 da manhã cha-
mando à atenção dos órgãos de comu-
nicação nacional pela intensidade
do tremor deixando várias casas e
a Igreja com rachaduras de até um
centímetro, na época a revista por
nome de O CRUZEIRO veio a Pereiro
e fez toda cobertura dos fatos pu-
blicando em seu caderno especial o
ocorrido e estampando fotos das ca-
sas rachadas e de pessoas sentadas
nas calçadas. As pessoas dormiam ao
relento, no meio das ruas em frente
as suas casas e nas praças, o medo
era tanto que muitas famílias aban-
donaram suas casas e foram morar em
outras cidades.Das fotos publicadas
apareciam em destaque Luis Gabriel,
meu avô Manuel Raimundo Cavalcante,
Eu e outras pessoas da cidade.
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