HÁ 40 ANOS A FESTA ERA ASSIM

Para Relembrar...

O início da festa acontecia às 8 horas da noite em frente ao coreto, dez dias antes do dia 27 de setembro, com o hasteamento da bandeira, onde havia uma cerimônia religiosa celebrada pelo pároco com participação do povo da cidade e dos sítios circunvizinhos. Após a cerimônia havia uma comemoração festiva onde todos participantes se divertiam alegremente, e assim estava oficialmente decretado o novenário de S.S.Cosme e Damião.
No dia seguinte era celebrada a primeira novena, a igreja ficava completamente lotada pelos devotos cantando hinos em homenagem aos Santos Padroeiros. Cada dia aumentava mais a devoção pelos Santos milagreiros, via-se gente chegando pelos quatro cantos da cidade, uns vinham a pés, outros montados em animais e até mesmo de carros e bicicletas.
As novenas eram muito festejadas com fogos de artícios, patrocinadas por comerciantes e devotos. A última noite era muito especial, "seu" Zé Preto vinha da Serra dos Basteões com sua roda de fogo e dava um show de pirotecnia acompanhado do foguetório que saia do beco de Zé de Rosa comandado por Vicente Moco. Após o encerramento, uma parte do povo se deslocava para praça da matriz para conversar com amigos e outros aproveitavam para namorar em lugares escuros, ouvindo músicas e recados oferidos por namorados, através da radiadora de Chico Nunes, instalada no beco de Gerson.
A outra parte do povo descia para a rua de baixo, onde ficava o mercado municipal que tinha o formato de um retângulo composto de vários pontos comerciais, denominados de quartos ou cafés, onde todos se deliciavam com vários tipos de guloseimas. Na parte central tinha o comércio de Domingos Vaz que vendia estivas e outras variedades, no portão principal do lado esquerdo de quem entrava, alí estava o mais famoso dos cafés era o de Maria de Sinobe, recheado de um tudo, tinha bolo, doce, suco e sopa; também tinha o café de Damião Pepé, o de Horácio, o de Maria da Bomba, o de Cosme de Leontino e o de Maria de Rdo. Alves, muito famoso pela qualidade dos suspiros e dos beijos de noiva, tinha também o quarto de Gonga, o de Adalgísio, o de Dos Anjos, o de Acrísio e outros.
As ruas que cercavam o mercado eram composta pelas lojasde tecidos de Moacir Gabriel, de "seu" Dedé e de Bandeira, tinha também as barbearias de Cícero Preto, de Aderson Martins de Cícero Firmino e os bares de Chico Nunes, de Zé Holanda, de Raimundo Cavalcante, de Chico Brisa, de Mané da bodega, e o de Zé de Carminda (famoso por sua Sinuca e pelo Bilhar), tinha ainda o café de Neco, o comércio de "seu" João Gabriel e o açougue vizinho a Maria de Alvino.
Durante as noites de novenas todos se divertiam, uns jogavam na roleta de Mané da Bodega,no Caipira de Licurgo, no Jaburu de Rdo.Alves, rodavam no carrocel de João Novilho e outros ficavam paquerando as meninas, até conquistá-las pra namorar, muitos deles se casaram com suas namoradas, por exemplo: Osmar e Marizete, Acácio e Celeste, Arivaldo e Eneida, Eimar e Marli, Zé Clóvis e Fátima, Toinha e Narcélio, Zé Falcão e Célia, Sinval e Ducelina. Outros só não se casaram porque saíram de Pereiro para estudar ou trabalhar em outros estados.
FONTE: Brilhante comentário de ANTÔNIO ROMILTON CAVALCANTE, inserido na postagem "São Cosme e São Damião".

7 comentários:

Anônimo disse...

Jobenemar desculpe por não me iden-
ficar mas peço que registre meu no-
me como o autor da matéria de
40 anos a festa era assim. Obrigado
Antonio Romilton Cavalcante

Anônimo disse...

Era um barato dar voltas ao redor
do mercado as mulheres por um lado
e os homens pelo outro, quando se
cruzavam dava uma flertardinha e
quando achava que podia dar namoro
mandava-se um recardo pra menina,
se ela aceitasse o namoro começava
ali mesmo.

Meyber Cavalcante Martins. disse...

Logo ví que o comentário era de um Cavalcante!!!Tim é um arquivo humano, tenho conversado com ele e fico impressionada por sua memória e sensibilidade com que narra os fatos!Parabéns!!!

Anônimo disse...

Êta tempo boooom! Lembro ainda criança, alcançei algumas coisas; os casais passeando ao redor do mercado, que ficava em frente o bar de tio Raimundo. Que recordação maravilhosa, fiquei viajando lendo o comentário. Já na nossa época, depois da novena íamos pra tertúlia que acontecia na sorveteria. Pense como era bom também!

Anônimo disse...

PEREIRO É UMA CIDADE BOA,POREM MAL ADMINISTRADA,É UMA PENA QUE UM POVO HOSPITALEIRO COMO ESSE,PAGUE POR ESSA MAL ADMINISTRAÇÃO;POR ESSE MOTIVO QUE NÃO MORO MAIS AI.

Anônimo disse...

ESSA CIDADE SÓ DAR OPORTUNIDADE ÁS PESSOAS DE FORA,POR ISSO QUE SAI DAI E CONSQUISTEI MEU ESPAÇO LONGE.
ASS.CHICÃO DA DPF.

Anônimo disse...

o comentário do texto já tomou outros rumos... prefiro as boas recordações. sabe, pras pessoas que moram fora e ainda não encontraram uma oportunidade aqui, aconselho que se qualifiquem que os concursos públicos seriam uma boa oportunidade, pois foi assim que encontrei a minha sem precisar de padrinhos.