História de Pereiro I - Mais informações

*Nossa História
Segundo o historiador António Augusto de Vas­concelos, Juiz Municipal de Pereiro, presidente da soleni­dade comemorativa da abolição dos escravos daquela comuna em 1883, concedidas as sesmarias nas Serras do Camará e de Pereiro, pela Câmara Municipal de Icó, não havia ainda moradores naquela região serrana. A Serra do Pereiro foi habitada pêlos índios Icós que lhe davam esse nome. No entanto, diz a tradição que Manuel Pereira, natu­ral de São Bernardo de Russas, na seca de 1777 subiu a serra com a família, venceu seríssimos obstáculos, a mata densa e inexplorada e ali construiu um nicho no lugar em que edificou o povoado. Naquela época, longínqua, não existiam meios de defesa contra o flagelo, razão porque o drama atingia as cores impressionantes da miséria e morta­lidade. Corria o mundo a fertilidade da Serra do Pereiro, nos limites do Estado do Rio Grande do Norte. Desses jaguaribenses intrépidos, foi Manuel Pereira, de Russas, largou-se no mundo, acompanhado da numerosa família em demanda da serra cuja fertilidade era invejável e lhe garantia a subsistência. Do cimo da serra, Manuel Pereira monta sua moradia de pau a pique e, pouco a pouco, um pequeno aglomerado foi crescendo. Certo dia, Manuel Pereira, homem de fé, mandou erigir um nicho de orações dedicado aos santos gêmeos, Cosme e Damião. Passados alguns anos, ou seja, em 1798, Pereira recebe a visita do famoso missio­nário Frei Vital da Penha, que atraiu centenas e centenas de cristãos. É sabido que o primeiro sacerdote a visitar a capelinha dos santos Cosme e Damião, de que se tem notí­cia, foi o célebre apóstolo Frei Vital de Froscarello, capuchinho da Penha, em Recife. Abriu, entre o povo, mis­sões que se tornaram célebres. Segundo outros registros, a Câmara de Fortaleza escreveu ao governador do Bispado de Pernambuco e ao Prefeito da Penha, agradecendo-lhes terem mandado ao Ceará o missionário Frei Vital e rogando que não o façam retirar da Capitania sem que haja concluí­do as missões que nela está pregando. Em 1920, o então vigário de Pereiro, Pé. Miguel Xavier de Moraes, que dei­xou um ministério santo e edificante, registra que no dia 27 de outubro de 1798, assinado por Frei Vital, foi encontrado casualmente em 1900, por ocasião de ser serrada a haste de um velho cruzeiro conservado na Matriz, como dizia o his­tórico: "Existia, na Matriz, uma haste de um velho cruzeiro, tido em grande veneração pelo povo, o qual fora arrebata do por um louco. O Revmo Pé. João Carvalho de Araújo, meu predecessor, mandou serrar a haste do dito cruzeiro para trabalhos pertencentes a Matriz. O serrote, jeitoso e providencialmente manobrado por destro carpinteiro, des­cobriu ileso um invólucro misterioso. O Revmo Pe. João Carlos, emocionado e surpreso, religiosamente o extrai e examina, com grande ansiedade. Eis que tem em suas mãos um ligeiro histórico das missões de Frei Vital nesta fregue­sia aos 27 de outubro de 1798, uma pequena cruz de metal e uma relíquia de Santa Flora. Depois, o aludido Pé. João Carlos, cuidadosamente, envolveu de novo o secular acha­do e colocou em um caixilho próprio, cavado ao pé da tosca cruz comemorativa do século 1800-1901, feita com a madeira do velho e venerado cruzeiro. Pereiro, 24 de janei­ro de 1920."
*ILUSTRAÇÃO: Antigo bairro do Corculo, vendo-se à esquerda a residência do comerciante Manuel Mourão. Ao fundo a residência do Cel. José Xavier - Capitão da Guarda Nacional.
FONTE: Pereiro, Serra dos Santos Cosme e Damião

8 comentários:

Anônimo disse...

pereiro otima cidade cearence es um ricao brasileiro
es por nos preferida

Unknown disse...

Sou 10o Neto direto de Manuel Pereira do Canto, português que veio para o Brasil junto com Leonel Pereira de Alencar do Rego. Casou se com D. Catarina Cardosa Macrina, e teve 3 filhos/;
1- Capitão José Pereira da Silva, que migrou pra barranca do Pajeú das Flores, hojé Serra Talhada e S. José do Belmonte - PE. Ali foi o patriarca do Clã dos PEREIRAS DO PAJEÚ, de onde sairam cabras valentes, a exemplo de Sinhô Pereira, de quem Lampião foi subordinado;
2 - Maria da Assunção Pereira Alencar (Alenquer) do Rego, Casou-se com com Leonel Pereira Alencar do Rego, constituindo uma das familias mais importantes do Ceará e Pernambuco (Exu e Barbalha)
3 Antônio Pereira da Silva, Que mais tarde juntou-se ao irmão José Pereira e instalou-se na divisa de Pernambuco e Bahia.
Orgulho de ter o sangue desses CABRAS MACHO!

Unknown disse...

Nasci nesta cidade linda não conheço muito logo com três anos de idade viemos morar em Jaguaribe. Case e depois vim embora para São Paulo. Voltei de visita depois de 42 anos
Eu sou filha de Maria Simão e Chico nascimento eu queria muito saber mais sobre meus pais

Unknown disse...

Se alguém souber mais sobre meus pais mim ajudem eu queria saber a origem meu pai é Francisco Nogueira de Sousa mais conhecido como Chico nascimento minha Maria Fernandes da Silva. Ela era filha de Francisco Sales conhecido como Chico Simão

Anônimo disse...

MELHOR CIDADE DO MUNDO! Lugar muito acolhedor, nele se encontra vários pontos turísticos como por exemplo: Casa dos escravos, Parque da lagoa, mirante no sitio carvão, cristo redentor, casa de cultura e entre outros, NÃO DEIXE DE VISITAR ESSE BELÍSSIMO LUGAR!

Valdenir Lima disse...

Essa história é escrota. Se vangloriam da "conquista" dos portugueses e esquecem quem eram os verdadeiros donos da terra. Hoje, esses que dizem ser de tal família..., não levam em consideração que os legítimos donos das terras, tiveram seu território, vida, cultura, hábitos perdidos em nome do avanço da civilização. Muitos irão contestar o que escrevo aqui. Pra mim não importa, pois a bandidagem veio de fora e impera até hoje em nosso país.

Y. C. Fernandes disse...

Cidade linda.
Sou Iranilson Cruz Fernandes, filho de Zé Delfonso e Marquinha, neto de Idelfonso Fernandes e Eliza Bezerra de Aguiar.
Meus avós maternos Francisco Cruz e Maria da Bomba ( Maria Viruriano de Oliveira.
Que orgulho ser cearense dessa cidade

Unknown disse...

Meu trisavô José Gonçalves de Lima era natural de Pereiro. Ele, junto do irmão (Joaquim Gonçalves de Lima), cunhada e sobrinhos vieram ao Amazonas entre o final da década de 1900 ao início da década de 1910. Se instalaram em Lábrea, onde viveram por muitos anos nos afluentes e localidades da calha do médio Purus. Gostaria muito de saber se ainda existe parentes nossos por nessa cidade.